Onde esteve o Banco de Portugal nos últimos anos? É normal o Banco de Portugal esquecer a presunção de inocência e deixar passar a ideia de que proibiu determinadas pessoas de se candidatarem numa assembleia? É impressão minha ou a vinda do presidente da CGD para o BCP pareceu bastante apadrinhada pelo Banco de Portugal e pelo governo? Porquê tanta aparência de consenso? Quase parece uma solução intocável!
É aos accionistas do BCP que cabe encontrar os caminhos e as formas de resolver os problemas.
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Mas, o grande diferenciador desta campanha é a ideia, ao mesmo tempo simples e brilhante que os criativos da BBDO tiveram, de associar a marca Portugal a um naming de reconhecida notoriedade mundial (“West Coast”) associado, desde sempre, à distinção entre as duas costas dos EUA. Portugal é seguramente o único país europeu que pode fazer uso deste nome, que agora surge, algo tarde, pois é já longo o rol de erros em namings, marcas, que o Turismo de Portugal tentou criar para cativar, principalmente os turistas de língua inglesa e o mercado do norte da Europa, quando este parecia óbvio, e tem certamente um valor acrescido, junto de mercados como, o do Reino Unido, o da Irlanda e, claro, o dos próprios EUA - desde sempre pouco "trabalhado" pelo turismo nacional, apesar do enorme potencial.
Se a esta ideia brilhante (“Europe’s West Coast”) juntarmos, um bom fotógrafo inglês (Nick Knight), oito (quatro deles do mundo do desporto) portugueses de excepção, e um grande apoio financeiro, esta campanha parece ter tudo para no mínimo, dar alguma côr, à imagem de Portugal.
No entanto, quando um leitor do The Economist, ou do The Times ou do El País, que acaba de ver uma fotografia a página inteira, no seu periódico de eleição, de um país renovado e inovador, se decide a aceder à página do turismo desse país “modelo”, de West Coast pouco vê, e de inovação menos ainda. O site em si, pouco apelo tem, e nele pouco se fala desta nova imagem, paga a “peso de ouro”, que o Turismo de Portugal pretende fazer passar por jornais e revistas do mundo desenvolvido. Seria bom que antes de investir milhões em campanhas inovadoras, se desse primeiro uma reordenação dentro de "casa". Espero que o Turismo de Portugal já tenha dado conta desta falha grave, e possa reaccionar a tempo de ir ao encontro do “país inovador” da campanha.
Uma campanha deste nível mediático, lançada em pleno auge da Presidência portuguesa da UE, merecia mais detalhe. Primeiro, mais atenção interna por parte do Turismo de Portugal, segundo, um aproveitamento dos mais que variados canais, que hoje a Internet oferece, e por último merecia também um suporte de televisão (que até à data desconheço) capaz de alavancar defenitivamente esta West Coast lusa.
Contudo, e apesar das criticas aqui apresentadas, tenho que reconhecer o mérito desta campanha que por exemplo tira do anonimato portugueses notáveis, como Maria do Carmo Fonseca, investigadora do Instituto de Medicina Molecular, da Universidade de Lisboa, Joana Vasconcelos artista plástica portuguesa de reconhecido valor e Miguel Câncio Martins conceituado designer português com uma vasta obra em França.
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Philippe Starck, um dos grandes símbolos do Design mundial, aborda de uma forma simples e ao mesmo tempo brilhante, o sentido da Sociedade actual, pelo meio analisa também, o sentido do Design ("Why Design?”) e os benefícios deste para o Homem de hoje. A não perder!
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A fotografia vencedora deste ano, mostra de uma forma brilhante através do olhar de Ghulam o quão atroz pode ser a vida de uma criança, espelhando assim a triste realidade de muitas crianças asiáticas e africanas que em plena infância vêem a sua liberdade amputada com o consentimento das suas famílias, através de casamentos acordados entre adultos (sem escrúpulos). Esta fotografia faz parte do trabalho sobre casamentos entre, e com crianças/adolescentes, que nos últimos dois anos Stephanie Sinclair tem vindo a desenvolver por países como o Afeganistão, o Nepal ou a Etiópia, onde esta é uma prática bastante comum dentro de algumas comunidades.
Para o 2º lugar, o júri escolheu uma fotografia do fotógrafo do Bangladesh, G M B Akash, que retrata com a sua imagem a realidade diária de milhões de crianças do seu país – o trabalho infantil.
No 3º lugar, ficou uma fotografia do fotógrafo alemão, Hartmut Schwarzbach que retratou Annalyn, uma menina filipina, na Aroma Smokey Mountain uma lixeira nos arredores de Manila onde vive desde há já 3 anos com a sua familia. Como ela vivem no meio da imensidão do lixo de Manila, centenas de outras crianças que Hartmut retratou durante o último biénio.
- Cerca de 51 milhões de raparigas em todo o mundo com idades entre os 15 e 19 anos foram forçadas a casar com adultos.
- No Rajasthan, na Índia 15% das mulheres tem menos de 10 anos à data do casamento.
- Em grande número destes casamentos as mulheres são obrigadas a gravidezes em idades extremamente prematuras.
- Entre os 10 e 14 anos de idade é cinco vezes maior o risco de não sobreviver a uma gravidez.
- Todos os anos morrem no mundo 150.000 mulheres adolescentes por complicações durante a gravidez.
- Perto de 3.3 milhões de crianças do Bangladesh estão envolvidas em actividades consideradas de trabalho infantil (cerca de 20% da população activa).
- Uma criança recebe em média 60 Taka (menos de 1 US$) por dia de trabalho, 1/3 do vencimento de 1 adulto.
2º Prémio - G M B (Golam Mostofa Bhuiya) Akash, Bangladesh, Freelance Photographer, Panos Pictures
3º Prémio - Hartmut Schwarzbach, Germany, ARGUS
Help UNICEF: http://www.unicef.org/support/index.html
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Picture Of The Week
Published by RD on dezembro 17, 2007 at 20:02.Etiquetas: Flickr, Picture Of The Week
Há, no entanto, grandes diferenças entre estes dois galardões, descontando já a dimensão dos patrocinadores. A revista americana disponibiliza no seu site uma votação que permite aos utilizadores escolherem o seu preferido, já a portuguesa atribui a responsabilidade de escolher o vencedor a um júri. Qual não foi o meu espanto quando soube que esse júri escolheria dum painel de candidatos! Em Portugal, quem quiser ser reconhecido tem que se candidatar! Talvez seja devido a este pormenor que várias grandes personalidades ficarão por ser reconhecidas, lembro-me de José Saramago.
Voltando à laureada deste ano, Irene Pimentel estudou e estuda o Estado Novo tendo já editado vários artigos e livros sobre o tema que vão desde a investigação sobre a polícia política até ao papel das mulheres na ditadura. Colabora com a revista História da qual foi editora até 2001. Ao receber a notícia dedicou o prémio, com grande emoção, a todos os investigadores de história contemporânea.
Vencedores do Prémio Pessoa desde 1987
Júri actual - Francisco Pinto Balsemão (Presidente), Luís Portugal Deveza (Vice-Presidente), Alexandre Pomar, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Eduardo Souto de Moura, João Fraústo da Silva, João Lobo Antunes, José Luís Porfírio, Maria de Sousa, Mário Soares, Miguel Veiga, Rui M. Baião e Rui Vieira Nery.
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É um atestado de menoridade. A forma em si como tudo isto está a ser feito é motivo suficiente para exigir que a consulta popular seja feita.
Picture Of The Week
Published by RD on dezembro 10, 2007 at 20:02.Etiquetas: Flickr, Picture Of The Week
Fotografia da Semana / Picture of the Week
Published by RD on at 20:00.Etiquetas: Flickr, Fotografia, Picture Of The Week
A Noiva Cadáver
Antes do Anoitecer
O Paciente Inglês
O Silêncio dos Inocentes
Os Condenados de Shawshank
Etiquetas: Cinema
Aqui vai,
Guerra, Apocalypse now, 1979 (FF Coppola) e Black hawk down, 2001 (Ridley Scott)
Drama, What dreams may come, 1998 (Vincent Ward e Charles Croughwell)
Clássico, Casablanca, 1942 (Michael Curtiz)
Português, Os imortais, 2003 (António Pedro Vasconcelos)
Europeu, De battre mon coeur s'est arrêté, 2005 (Jacques Audiard)
Salta à vista que escolhi seis filmes em vez de cinco mas tenho dificuldades em escolher apenas um no género que mais gosto que são os filmes de guerra. Por falar em filmes de guerra, o 20,13 (2006) de Joaquim Leitão é também muito bom, um dos meus preferidos portugueses.
A categoria em que é mais complicado escolher apenas um é, sem dúvida, a de cinema europeu. É até injusto. Escolhi este porque representa a indústria cinematográfica que mais prezo na Europa, a francesa, ainda que La vitta é bella de Roberto Begnini seria tão boa escolha como qualquer outra assim como vários da filmografia de Pedro Almodóvar.
Resta-me apenas referir que não incluí nenhum duma categoria de que também sou apreciador, falo do cinema fantástico no qual M. Night Shyamalan é o meu realizador preferido, sendo que também costuma ser argumentista, produtor e actor, um pouco ao estilo de Alfred Hitchcock. The sixth Sense (1999) e The village (2004) são referências neste campo.
Havia ainda que falar dos biográficos com The Doors (1991) de Oliver Stone a encabeçar uma lista imensa.
No fim deste exercício, chego à conclusão que escolher um punhado de excelentes filmes não é difícil, é perfeitamente impossível, pelo menos para mim!
Etiquetas: Cinema
Rear Window - Alfred Hitchcock
La Vitta é Bella – Roberto Begnini
La Stanza del Figlio – Nanni Moretti
I Soliti Ignoti – Mario Monicelli
Ladri di Biciclette – Vittorio de Sicca
- Isto hoje ficou demasiado “italianizado”!
Confesso que não gosto muito de seguir estas “correntes”, mas graças a esta descobri mais uma série de blogs com qualidade (Hole Horror, quase em português, Linha dos Nodos) que com algum embaraço reconheço que desconhecia. Como é imensa a qualidade da blogosfera nacional!
Deixo este mesmo desafio aos meus colegas de blog, à Tati e ao Adolfo.
Etiquetas: Cinema, Corrente Cinema
Ainda que pareça não haver vontade politica para resolver este problema, a ajuda aparece dos quatro cantos do mundo e de diversas formas. Sendo discutível que os relatos de jornalistas possam ser considerados ajuda numa situação de crise, sabendo que alguns se preocupam mais com a sua história do que com uma qualquer vida humana, não deixa de ser verdade que dão impacto mediático conseguindo, muitas vezes, forçar os responsáveis a agir por pressão das populações.
No caso concreto do Darfur sudanês, uma repórter fotográfica tem ajudado, através da sua arte, a mediatizar a crise humana. Hélene Caux, também voluntária do ACNUR, tem percorrido o mundo com as suas fotografias e está agora em Lisboa aproveitando a presença de vários governantes europeus e africanos, entre os quais Omar al-Bashir, presidente do Sudão.
Etiquetas: Darfur, Fotografia, Hélene Caux
Etiquetas: NY, Sex And The City
A edição deste ano tem a particularidade de se propor a homenagear o mimo francês Marcel Marceau, considerado um dos melhores representantes de teatro de sempre e recentemente falecido, com 3 peças mudas.
Também em destaque na edição deste ano está a nova peça da companhia anfitriã Trigo Limpo, “Chovem amores na rua do matador”. O texto foi escrito em dueto pelo angolano José Eduardo Agualusa e pelo moçambicano Mia Couto partindo do lema “...os sonhos são mapas que nos ajudam a orientar na vida. Aqueles que não sabem ler os sonhos, esses, sim, estão perdidos...”
Este tipo de iniciativas provam que é possível trazer ao público português teatro de qualidade nacional e internacional e que há espectadores, ao longo dos anos, quando se trabalha bem. O festival está em cena desde terça-feira e prolonga-se até ao próximo Sábado.
Consultar o programa aqui.
A memória e o passar das experiências revelam-se curtas. Talvez não tarde demasiado até que a memória sobre a guerra colonial esteja tão distante dos sentimentos da pessoa comum quanto as invasões napoleónicas.
Etiquetas: Eurostat Desemprego
Na Zona Euro a taxa de desemprego média passou para os 7.2% em Outubro face aos 7.3% de Setembro(reflectindo os ajustes de emprego sazonal) e face aos 8% de Outubro de 2006, enquanto na UE27 no período homologo o desemprego desceu dos 7.8% para os 7.0%, havendo tanto a nível da Zona Euro como da UE27 uma clara tendência para a redução de desemprego.
Etiquetas: Taxa de Desemprego, UE, Zona Euro
Nunca duda, se diría que siempre tiene razón. Y para
reforzar la imagen: mandíbula prominente, traje tan bien cortado que parece a
medida, zapatos de Prada. ¿El hombre perfecto? Bueno, el primer ministro de un
país pequeño, Portugal. Y, desde luego, un actor consumado, un político
profesional: si uno no le oye y se limita a observarlo, da la impresión de que
gobierna un continente entero.En cada país que visita, pero también si está en Lisboa –vive solo en un edificio estupendo en pleno centro, muy cerca de Marqués de Pombal–, a Sócrates le gusta salir a correr por las calles de buena mañana y ponerse a sudar la camiseta. Le da lo mismo Luanda, Moscú o Washington.
(...) en marzo de 2007, su popularidad es la más alta jamás alcanzada por un primer ministro luso (más del 60%), y el país parece empezar a salir del marasmo y el pesimismo en que estaba sumido desde hacía años.
(...) El diario portugués Público airea la información, surgida en la blogosfera, sobre las anomalías que rodearon la obtención en 1996, siendo ya secretario de Estado, de la licenciatura de ingeniería de Sócrates en una universidad privada que en ese momento se halla en pleno escándalo de corrupción. La revelación pone al primer ministro contra las cuerdas. El periódico, cuyo dueño es el magnate Belmiro de Azevedo (que acababa de ver fracasar su OPA contra la telefónica nacional, PT, porque el Gobierno había decidido apoyar al núcleo duro de la empresa), discute fechas y exámenes, fiscaliza notas, sellos y profesores para demostrar un supuesto trato de favor.
Con sus ministros mantiene relaciones dispares: con unos bromea y los trata de tú, y a otros los trata de usted. Con el de Economía, el ex banquero Manuel Pinho, impera la complicidad (a veces se chocan las manos como los baloncestistas); con el de Finanzas, Teixeira dos Santos, dialoga mucho y muestra entendimiento total; a la titular de Educación, María de Lurdes Rodrígues, la llama con toda formalidad “señora ministra”.
Sus colaboradores comentan que no le gusta bromear con las cosas serias, y admiten que sus ataques de ira no son raros, pero van a menos. Los que le han visto trabajar subrayan que su liderazgo deriva más de la exigencia que del autoritarismo. “Pide datos, demanda mucha información y mucha síntesis. Y no admite dudas. Le gustan las cosas claras, pero tiene un carácter confiado y optimista, y cree firmemente en lo que hace”, resume otro colaborador.
Etiquetas: El País, José Socrates
Foto: Deposição de Cristo no Túmulo, Giambattista Tiepolo, 1769/1770