A Irlanda disse Não ao Tratado de Lisboa. Já aqui estão os euro-fãs a explicar que apenas votaram 40% dos irlandeses, que são 1 milhão de pessoas a decidir pelas centenas de milhões na união inteira, que o processo não deve parar por causa disto, que a campanha do Não usou mentiras, que as pessoas desconhecem o conteúdo do tratado, etc, etc, etc...
Há aqui algum choque, natural se virmos o quase consenso da classe política e pensante e o compararmos com aquilo que os cidadãos expressam na hora do voto. Eu diria que é a democracia. Mas parece que afinal é o povo obscuro e ignorante a perturbar os projectos iluminados de quem sabe o que é melhor. Quem está mal é o povinho, não são os projectos. Os artífices deste virtuoso tratado bem sabiam o que faziam quando usaram de tudo para impedir que país algum pudesse perguntar aos seus eleitores o que pensam sobre o assunto. Eles bem sabem que se assim não fosse a Irlanda ia estar bem acompanhada.
Esta forma de fazer as coisas na UE é, por si só, um bom motivo para se dizer Não!
Há aqui algum choque, natural se virmos o quase consenso da classe política e pensante e o compararmos com aquilo que os cidadãos expressam na hora do voto. Eu diria que é a democracia. Mas parece que afinal é o povo obscuro e ignorante a perturbar os projectos iluminados de quem sabe o que é melhor. Quem está mal é o povinho, não são os projectos. Os artífices deste virtuoso tratado bem sabiam o que faziam quando usaram de tudo para impedir que país algum pudesse perguntar aos seus eleitores o que pensam sobre o assunto. Eles bem sabem que se assim não fosse a Irlanda ia estar bem acompanhada.
Esta forma de fazer as coisas na UE é, por si só, um bom motivo para se dizer Não!
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